segunda-feira, 12 de maio de 2008

Câmera oculta: polêmica no jornalismo

Um texto publicado recentemente no Comunique-se debate os limites da investigação jornalística (se você é cadastrado no site, leia aqui). O texto começa com algumas perguntas:

"Até onde pode chegar um jornalista para cumprir uma pauta? Quais são os limites de uma reportagem? "

O último parágrafo traz a opinião de um especialista no assunto:

"Para Fernando Molica, diretor da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), é difícil estabelecer regras diante de situações delicadas. Para ele, o jornalista tem que respeitar os limites, mas a regra é o bom senso. "O jornalista deve avaliar o custo-benefício e nunca tomar decisões individuais, mas sempre junto com a chefia de reportagem", afirma."

O tema também foi debatido no III Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, realizado em Belo Horizonte. Durante a palestra “Jornalismo Investigativo no Mundo”, José María Irujo, do diário espanhol El País, foi taxativo ao condenar qualquer instrumento que não seja visível ou apresentado de antemão aos envolvidos na apuração, como as famosas câmeras ocultas.

Américo Martins, editor-executivo da BBC, contestou a posição do colega de profissão e disse que há casos em que somente o aparato tecnológico oculto pode trazer à tona fatos relevantes. Segundo Américo, a BBC avalia cada caso e só lança mão de câmeras escondidas e outros subterfúgios tecnológicos quando a informação de interesse público somente pode ser obtida desta forma.

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