sexta-feira, 23 de maio de 2008

Assim caminha a humanidade...

A academia vive em pé de guerra com a própria academia. Cada respingo de originalidade é disputado como se fosse uma piscina olímpica. Ninguém nada de braçada no oceano das idéias virgens, ainda mais numa era em que a bricolagem é regra.

No OJB, Paul Bradshaw reclama da apropriação de um modelo de redação jornalística para o século XXI. O modelo foi “originalmente” publicado no blog e, segundo o pesquisador, a idéia foi apropriada por Charlie Beckett no recém-lançado livro SuperMedia. Bradshaw não gostou do tímido crédito que aparece na obra e disparou:

I’m not laying any claim to the constituent ideas behind the 21st century newsroom (which are linked to in the original post). And this isn’t an ego trip - I’m more than happy for anyone to rip the model to pieces, rebuild it, adapt it or build on it. That’s why I published it. That’s why I write this blog. What is frustrating is the absence of the transparency we should expect from academic publishing and aspiring networked journalists.

A tecnologia só potencializa algo que Bakhtin alertou no início do século XX: “Toda enunciação, mesmo na forma imobilizada da escrita, é uma resposta a alguma coisa e é construída como tal. Não passa de um elo da cadeia dos atos de fala” (Marxismo e filosofia da linguagem, 1981, p.98). Grandes idéias surgem de outras grandes idéias. Open source, open mind!!!

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