domingo, 30 de setembro de 2007

As dimensões da Cibercultura

Alex Primo publicou recentemente em seu blog um “Mapa mental de Cibercultura”. Segundo ele, trata-se de uma versão beta, que exige discussão e aperfeiçoamento. O pesquisador pede ajuda daqueles que se interessam pela temática. A imagem acima é apenas uma pequena parte do mapa. Veja a estrutura completa no blog Dossiê Alex Primo.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Qualidade em tempo real

O post anterior fez menção ao ombudsman da Folha. Trago de volta, então, outro ombudsman, desta vez do IG, Mário Vitor Santos. Ele comenta as críticas de uma leitora sobre nota publicada no “Último Segundo”. O texto sobre uma chacina ocorrida em São Paulo apresenta diversos erros, conforme apontado pela mulher que enviou a reclamação. O ombudsman comenta:

“As críticas da leitora tratam de um problema que se repete: a baixa qualidade de textos do Último Segundo, causada por um conjunto de situações, inclusive a falta de revisão e leitura, ou seja, sem verificação de qualidade antes da publicação. A internet parece favorecer o agravamento de um problema existente no jornalismo brasileiro e, portanto, na cultura do país: a crescente queda de qualidade dos textos. A cultura virtual parece abrir mão de uma cultura de excelência, segundo a qual a marca do bom jornalismo se expressava também na busca da perfeição da narrativa.” (grifo nosso)

E Mário Vitor sentencia: “... rapidez não é desculpa para uma redação ruim”

Bem, posso falar com real conhecimento de causa: já passou da hora dos portais noticiosos apresentarem textos melhores e informações precisas e completas. Chega de desculpas! Tais erros contribuem para a ainda vigente discriminação da internet como fonte de informação, além da constante discriminação sofrida pelos próprios profissionais. Vamos encarar o fato de que somos nós os responsáveis pelo descrédito!

Leia o comentário completo no Blog do Ombudsman.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Opiniões de ombudsman

O ombudsman da Folha de S. Paulo, Mário Magalhães (foto ao lado), participou de um debate no Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais . O tema central foi “A crise no jornalismo impresso”. Foi um debate de bom nível, com boa argumentação e que abriu o campo para reflexões. Abaixo, algumas explanações do ombudsman sobre tópicos bastante atuais e relevantes (em itálico, as opiniões de Mário Magalhães):

Internet

A internet se tornará, em breve, hegemônica e funcionará como uma “plataforma unificadora”.

Jornalismo impresso

Os grandes jornais perderam, nos últimos anos, muitos leitores e as tradicionais famílias proprietárias de conglomerados de mídia também perdem espaço para novos investidores.


Modelo de negócio na web

Os leitores demonstram que não estão dispostos a pagar pela informação jornalística na internet.

A publicidade que hoje é (ainda) muito forte nos jornais vai, de fato, migrar para o jornalismo on-line?

Afinal, quem vai pagar o custo do serviço noticioso na web? Isso vai mudar? Ninguém sabe...


O impresso com carro-chefe das informações

O jornalismo impresso é o esteio da reportagem que, por sua vez, é um dos gêneros mais nobre do jornalismo.

90% do que é debatido nos blogs dos jornalistas mais respeitados ainda é informação originalmente publicada em jornais e revistas.

Por que a figura do ombudsman não se disseminou na imprensa brasileira e mundial?

1 – Resistência do comando das redações e dos próprios jornalistas, que não querem ser criticados.

2 – É caro manter um ombudsman, principalmente em época de corte de custos.

3 – Temor de reconhecer o pioneirismo alheio.

4 – Crença de que a função do ombudsman é ineficaz.

Leia a coluna do ombudsman

Crédito da foto acima: Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem