Prezados, fiz o curso em 2005, na primeira turma, e recomendo. A coordenação é do competente professor e pesquisador Delfim Afonso Júnior. Seguem as informações:
Estarão abertas, entre 25 de janeiro e 9 de fevereiro, as inscrições para o processo de seleção de alunos ao curso de especialização em Comunicação: Imagens e Culturas Midiáticas da UFMG, com a oferta de 40 vagas. Podem se inscrever graduados das diversas áreas do conhecimento interessados em compreender os fenômenos comunicativos contemporâneos, especialmente relacionados às imagens técnicas, nas interações sociais e nos processos culturais.
O curso terá a duração de um ano, com carga horária de 360 horas-aula. As aulas serão ministradas na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), no campus Pampulha, às segundas, terças e quartas-feiras, das 19h às 22h30. As inscrições serão recebidas nos postos da Fundep, localizados no centro da cidade - avenida Afonso Pena 1.534 - e no campus Pampulha -avenida Antônio Carlos 6.627, Praça de Serviços.
Demais informações podem ser obtidas pelo telefone (31)3409-4220 ou no site da Fundep - www.fundep.ufmg.br.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
sábado, 30 de maio de 2009
Ligue os pontos!
O designer gráfico e diretor de criação e planejamento da Bolt Brasil, Alexandre Estanislau, encerrou o ciclo de palestras sobre internet, mobilidade e conectividade no projeto Estação Pátio Savassi. A discussão sobre redes sociais abordou, principalmente, as potencialidades das redes peer-to-peer e os aspectos colaborativos envolvidos nas diversas ações presentes na web. Para Alexandre Estanilsau, relevância, verdade e pertinência são as três palavras-chave das redes sociais. Gostei, particularmente, de dois exemplos de ações coordenadas apresentados na palestra. A primeira, uma edição audiovisual da música Stand By Me do projeto Playing for Change, que reúne artistas de rua de diversas partes do mundo. Veja a explicação dos criadores do projeto:
Playing for Change is a multimedia movement created to inspire, connect, and bring peace to the world through music. The idea for this project arose from a common belief that music has the power to break down boundaries and overcome distances between people. No matter whether people come from different geographic, political, economic, spiritual or ideological backgrounds, music has the universal power to transcend and unite us as one human race. And with this truth firmly fixed in our minds, we set out to share it with the world.
O Segundo exemplo apresentado do pelo palestrante foi a campanha da T-Mobile realizada em 30 de abril na Trafalgar Square, Lodres. Os organizadores do evento distribuíram microfones a uma multidão e transformaram a praça num gigante caraoquê. Dois vídeos que mostram como existem múltiplas formas criativas de unir as pessoas.
Playing for Change is a multimedia movement created to inspire, connect, and bring peace to the world through music. The idea for this project arose from a common belief that music has the power to break down boundaries and overcome distances between people. No matter whether people come from different geographic, political, economic, spiritual or ideological backgrounds, music has the universal power to transcend and unite us as one human race. And with this truth firmly fixed in our minds, we set out to share it with the world.
O Segundo exemplo apresentado do pelo palestrante foi a campanha da T-Mobile realizada em 30 de abril na Trafalgar Square, Lodres. Os organizadores do evento distribuíram microfones a uma multidão e transformaram a praça num gigante caraoquê. Dois vídeos que mostram como existem múltiplas formas criativas de unir as pessoas.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Classe C impulsiona consumo on-line
Com certo atraso, publico alguns dados e tópicos abordados na palestra “A internet e seus usuários”, com Joana Andrade e Camila Mantovani. O que mais me chamou a atenção foram as informações sobre o consumo de famílias fora do padrão sócio-econômico A-B.
- Segundo o Ibope/NetRatings, o Brasil atingiu a marca de 25,5 milhões de usuários residenciais.
- O barateamento dos custos de conexão e dos equipamentos favorece a entrada da Classe C na web.
- As lan houses estimulam novas conexões domiciliares. Por quê? O baixo custo por tempo de conexão atrai os jovens. Estes, por sua vez, pressionam cada vez mais os pais para a aquisição de banda larga residencial.
- Famílias com renda mensal de até R$ 3 mil representam cerca de 60% dos novos compradores de lojas virtuais.
- As mulheres ultrapassaram os homens no volume de compras on-line.
- A entrada da Classe C não significa o início de uma evolução linear que vai abarcar toda a sociedade. Os custos atuais ainda excluem famílias com poder aquisitivo muito baixo (classes D e E).
- Segundo o Ibope/NetRatings, o Brasil atingiu a marca de 25,5 milhões de usuários residenciais.
- O barateamento dos custos de conexão e dos equipamentos favorece a entrada da Classe C na web.
- As lan houses estimulam novas conexões domiciliares. Por quê? O baixo custo por tempo de conexão atrai os jovens. Estes, por sua vez, pressionam cada vez mais os pais para a aquisição de banda larga residencial.
- Famílias com renda mensal de até R$ 3 mil representam cerca de 60% dos novos compradores de lojas virtuais.
- As mulheres ultrapassaram os homens no volume de compras on-line.
- A entrada da Classe C não significa o início de uma evolução linear que vai abarcar toda a sociedade. Os custos atuais ainda excluem famílias com poder aquisitivo muito baixo (classes D e E).
domingo, 10 de maio de 2009
Internauta brasileiro é exibicionista e ingênuo, diz advogado
Os internautas ainda não estão preparados para enfrentar os limites da lei no ciberespaço. Em pior situação estão alguns milhões de usuários brasileiros que, segundo o advogado Alexandre Atheniense (foto ao lado), são exibidos por natureza, adoram estar na crista da onda, mas também são “extremamente ingênuos”.
O desconhecimento da legislação, aliado ao descumprimento de medidas básicas de segurança, levam o internauta à condição de vítima ou, ainda pior, a se tornar um potencial criminoso, por vezes sem saber por quê. Atheniense é especialista no assunto e, com base em uma larga experiência jurídica, denuncia algumas armadilhas da rede.
Segundo ele, muitos blogueiros não sabem que são responsáveis não apenas por seus posts, mas também pelos comentários e qualquer tipo de intervenção de terceiros. Como as tecnologias mais recentes favorecem o anonimato, os ataques, principalmente à honra, são bastante comuns. “Qualquer conteúdo ilícito inserido em um blog, seja pelo próprio editor ou por um comentarista está sujeito a reparação cível ou criminal dependendo do conteúdo da informação”, adverte o advogado. Por isso, a moderação é essencial.
Veja algumas cartilhas que ajudam a escapar das armadilhas mais comuns.
Outros comportamentos cada vez mais comuns são o sexting e o cyber-bulling. O primeiro diz respeito à troca de material com conteúdo sexual, seja texto ou imagem. Atheniense argumenta que a ubiquidade da rede impede o controle sobre o tráfego. O sexting é potencializado pelos dispositivos móveis. Um celular sempre estará à espreita para gravar situações constrangedoras. Algumas medidas judiciais conseguem bloquear parcialmente a veiculação do material ofensivo, mas nunca completamente. “Caiu na rede já era”, diz o advogado.
O cyber-bulling também é cada vez mais presente nos tribunais. Trata-se do envio de mensagens anônimas e de cunho ofensivo para prejudicar alguém. A vítima pode ser alvo de acusações infundadas que prejudicam as relações profissionais, a honra pessoal ou até mesmo a segurança.
Apesar de pregar a cautela, Alexandre Atheniense é um entusiasta da rede mundial de computadores e possui perfil nos principais sites de relacionamento. Segundo ele, serviços como Orkut, YouTube, Twitter e tantos outros são o futuro da internet. Por isso mesmo, saber como usá-los é fundamental.
O desconhecimento da legislação, aliado ao descumprimento de medidas básicas de segurança, levam o internauta à condição de vítima ou, ainda pior, a se tornar um potencial criminoso, por vezes sem saber por quê. Atheniense é especialista no assunto e, com base em uma larga experiência jurídica, denuncia algumas armadilhas da rede.
Segundo ele, muitos blogueiros não sabem que são responsáveis não apenas por seus posts, mas também pelos comentários e qualquer tipo de intervenção de terceiros. Como as tecnologias mais recentes favorecem o anonimato, os ataques, principalmente à honra, são bastante comuns. “Qualquer conteúdo ilícito inserido em um blog, seja pelo próprio editor ou por um comentarista está sujeito a reparação cível ou criminal dependendo do conteúdo da informação”, adverte o advogado. Por isso, a moderação é essencial.
Veja algumas cartilhas que ajudam a escapar das armadilhas mais comuns.
Outros comportamentos cada vez mais comuns são o sexting e o cyber-bulling. O primeiro diz respeito à troca de material com conteúdo sexual, seja texto ou imagem. Atheniense argumenta que a ubiquidade da rede impede o controle sobre o tráfego. O sexting é potencializado pelos dispositivos móveis. Um celular sempre estará à espreita para gravar situações constrangedoras. Algumas medidas judiciais conseguem bloquear parcialmente a veiculação do material ofensivo, mas nunca completamente. “Caiu na rede já era”, diz o advogado.
O cyber-bulling também é cada vez mais presente nos tribunais. Trata-se do envio de mensagens anônimas e de cunho ofensivo para prejudicar alguém. A vítima pode ser alvo de acusações infundadas que prejudicam as relações profissionais, a honra pessoal ou até mesmo a segurança.
Apesar de pregar a cautela, Alexandre Atheniense é um entusiasta da rede mundial de computadores e possui perfil nos principais sites de relacionamento. Segundo ele, serviços como Orkut, YouTube, Twitter e tantos outros são o futuro da internet. Por isso mesmo, saber como usá-los é fundamental.
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quinta-feira, 7 de maio de 2009
Calma, o Twitter chega lá!
O Twitter não é consenso e provavelmente nunca será. A resistência é grande. Nos últimos dias, circulou uma pesquisa que mostra a altíssima desistência dos usuários da emergente rede de microblogging. Prato cheio para os relatos apressados e estereotipados. Um exemplo é a reportagem do jornal Estado de Minas, que chama a ferramenta de “modinha do momento”, apresenta algumas funcionalidades, entrevista tuiteiros, fala de perfis falsos e do bate-boca entre parte dos usuários. Nada além do lugar comum.
Na mesma edição, o colunista B. Piropo reage assim à novidade (que deixou de ser novidade há um tempinho): “Francamente, por mais que eu dê tratos à bola não me ocorre quem possa demonstrar qualquer interesse pelo fato de alguém estar ou não tomando um café neste ou naquele momento. O que me faz continuar sem entender para que serve o Twitter.” Noutro trecho, o colunista faz previsões: “A tendência é que este, como todos os demais modismos, definhe e desapareça.” Todos os modismos vão desaparecer? Meu Deus, não deixe a minissaia desaparecer!
B. Piropo fez o que mais de 60% dos iniciantes no Twitter fazem: cadastram-se no serviço, acham que é uma coisa boba, sem nexo, e desistem dizendo aos quatro cantos que 140 caracteres não servem para nada.
Alguém se lembra de como os blogs eram encarados até a virada do milênio? “Coisa de adolescente”, “lugar para gente exibicionista”... Vá dizer isso hoje aos jornalistas Ricardo Noblat, Juca Kfouri e Luís Nassif. Diga o mesmo para as empresas que encontraram no blog uma ferramenta extraordinária para entrar em contato com clientes. Aproveite, ainda, para alertar a comunidade acadêmica, que forma redes gigantescas em torno dessa “coisa de adolescente”.
Lembro aqui Pierre Lévy, em Tecnologias da Inteligência: “Uma certa configuração de tecnologias intelectuais em um dado momento abre certos campos de possibilidades (e não outros) a uma cultura. Quais possibilidades? Na maior parte das vezes só descobrimos depois.”
No Carnet de Notes, André Lemos ilustrou muito bem a utilidade do Twitter com o exemplo das velozes conexões geradas durante um temporal que quase paralisou a cidade de Salvador. Para quem dispensou o Twitter após 10 minutos de puro “non sense”, Tim O'Reilly também tem bons argumentos para trazer de volta a vontade de tuitar.
Na mesma edição, o colunista B. Piropo reage assim à novidade (que deixou de ser novidade há um tempinho): “Francamente, por mais que eu dê tratos à bola não me ocorre quem possa demonstrar qualquer interesse pelo fato de alguém estar ou não tomando um café neste ou naquele momento. O que me faz continuar sem entender para que serve o Twitter.” Noutro trecho, o colunista faz previsões: “A tendência é que este, como todos os demais modismos, definhe e desapareça.” Todos os modismos vão desaparecer? Meu Deus, não deixe a minissaia desaparecer!
B. Piropo fez o que mais de 60% dos iniciantes no Twitter fazem: cadastram-se no serviço, acham que é uma coisa boba, sem nexo, e desistem dizendo aos quatro cantos que 140 caracteres não servem para nada.
Alguém se lembra de como os blogs eram encarados até a virada do milênio? “Coisa de adolescente”, “lugar para gente exibicionista”... Vá dizer isso hoje aos jornalistas Ricardo Noblat, Juca Kfouri e Luís Nassif. Diga o mesmo para as empresas que encontraram no blog uma ferramenta extraordinária para entrar em contato com clientes. Aproveite, ainda, para alertar a comunidade acadêmica, que forma redes gigantescas em torno dessa “coisa de adolescente”.
Lembro aqui Pierre Lévy, em Tecnologias da Inteligência: “Uma certa configuração de tecnologias intelectuais em um dado momento abre certos campos de possibilidades (e não outros) a uma cultura. Quais possibilidades? Na maior parte das vezes só descobrimos depois.”
No Carnet de Notes, André Lemos ilustrou muito bem a utilidade do Twitter com o exemplo das velozes conexões geradas durante um temporal que quase paralisou a cidade de Salvador. Para quem dispensou o Twitter após 10 minutos de puro “non sense”, Tim O'Reilly também tem bons argumentos para trazer de volta a vontade de tuitar.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Hipertexto 2009 em BH
O Cefet-MG vai receber o Hipertexto 2009 entre os dias 29 e 31 de outubro. O evento abriga pesquisas sobre linguagens e tecnologias. Por enquanto, estão abertas apenas as propostas para temas dos Grupos de Discussão. Somente doutores e doutorandos podem enviar as sugestões de tema. De acordo com informações do site, as conferências, cinco ao todo, serão apresentadas por pesquisadores convidados de renome internacional. Estão confirmadas as presenças de Ilana Snyder (Austrália), Maria Augusta Babo (Portugal), Rui Torres (Portugal) e Heloísa Collins (Brasil).
Veja as principais datas e as taxas de inscrição por período:
Até 4 de maio- Submissão de temas para Grupos de Discussão
Até 18 de maio - Abertura de inscrições
De 20 de maio a 31 de julho - Envio de aceites e pareceres
De 20 de maio a 31 de julho - Inscrições Taxa 1
De 1º de agosto até 20 de setembro - Inscrições Taxa 2
De 21 de setembro até o evento - Inscrições Taxa 3
Taxa 1 - Até 31 de julho: Professores universitários (apresentadores ou não): R$140,00 Alunos de pós-graduação (apresentadores ou não): R$ 100,00 Alunos de graduação: R$ 60,00 Ouvintes/outros profissionais: R$120,00
Taxa 2 - De 1º de agosto a 20 de setembro: Professores universitários (apresentadores ou não): R$180,00 Alunos de pós-graduação (apresentadores ou não): R$ 120,00 Alunos de graduação: R$ 80,00 Ouvintes/outros profissionais: R$140,00
Veja as principais datas e as taxas de inscrição por período:
Até 4 de maio- Submissão de temas para Grupos de Discussão
Até 18 de maio - Abertura de inscrições
De 20 de maio a 31 de julho - Envio de aceites e pareceres
De 20 de maio a 31 de julho - Inscrições Taxa 1
De 1º de agosto até 20 de setembro - Inscrições Taxa 2
De 21 de setembro até o evento - Inscrições Taxa 3
Taxa 1 - Até 31 de julho: Professores universitários (apresentadores ou não): R$140,00 Alunos de pós-graduação (apresentadores ou não): R$ 100,00 Alunos de graduação: R$ 60,00 Ouvintes/outros profissionais: R$120,00
Taxa 2 - De 1º de agosto a 20 de setembro: Professores universitários (apresentadores ou não): R$180,00 Alunos de pós-graduação (apresentadores ou não): R$ 120,00 Alunos de graduação: R$ 80,00 Ouvintes/outros profissionais: R$140,00
domingo, 3 de maio de 2009
O impresso na internet: gratuito ou pago?
Uma entrevista com Gay Talese publicada na edição deste domingo do Estadão já é alvo de análise na blogosfera, no twitter e em outros tantos espaços. O experiente jornalista critica o New York Times pela decisão de disponibilizar gratuitamente o conteúdo do jornal impresso na internet. Segundo ele, a publicidade não será capaz de bancar sozinha o custo da cobertura jornalística de qualidade. “Eles arruinaram o futuro do jornal”, sentenciou.
No início de abril, assisti, pela terceira vez, a uma palestra de Ricardo Noblat. Ele também se queixou da “cultura do gratuito”, dizendo que ela é incompatível com a informação de qualidade. Noblat disse que “ninguém quer pagar R$ 1 para acessar o blog” e que apenas os blogueiros pagos por grandes portais conseguem angariar recursos capazes de garantir a qualidade da informação jornalística.
Aqui em BH as estratégias dos principais jornais são divergentes. O conteúdo do Estado de Minas é fechado para assinantes. O Hoje em Dia e O Tempo disponibilizam a produção do impresso gratuitamente na rede.
Ironia: a entrevista de Gay Talese foi publicada no jornal impresso e está disponível gratuitamente na internet! Eu, que não sou assinante do Estadão, pude ler tudo... e de quebra assisti aos vídeos com trechos da entrevista.
No início de abril, assisti, pela terceira vez, a uma palestra de Ricardo Noblat. Ele também se queixou da “cultura do gratuito”, dizendo que ela é incompatível com a informação de qualidade. Noblat disse que “ninguém quer pagar R$ 1 para acessar o blog” e que apenas os blogueiros pagos por grandes portais conseguem angariar recursos capazes de garantir a qualidade da informação jornalística.
Aqui em BH as estratégias dos principais jornais são divergentes. O conteúdo do Estado de Minas é fechado para assinantes. O Hoje em Dia e O Tempo disponibilizam a produção do impresso gratuitamente na rede.
Ironia: a entrevista de Gay Talese foi publicada no jornal impresso e está disponível gratuitamente na internet! Eu, que não sou assinante do Estadão, pude ler tudo... e de quebra assisti aos vídeos com trechos da entrevista.
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sexta-feira, 1 de maio de 2009
Web em debate na Savassi
Maio terá uma programação bem interessante no projeto Estação Pátio Savassi, em BH. São quatro palestras com o sugestivo tema “Quero saber sobre internet, mobilidade e conectividade”. As palestras são gratuitas, aos sábados, a partir das 11h, no anfiteatro (L2) do shopping Pátio Savassi (Av. do Contorno, 6061). Veja a programação:
09/05: “Direito, imagem, reputação e internet”, com o advogado Alexandre Atheniense, especialista em direito de internet.
16/05: “A internet e seu usuário”, com Joana Andrade, mestre em Hypermedia e sócia-diretora da Fhios Brasil (responsável pelas áreas de Pesquisa e Design Centrados no Usuário), e Camila Mantovani, mestre em Ciência da Informação.
23/05: “Imaginação Digital”, com Álvaro Andrade Garcia, sócio-diretor da Ciclope (ateliê de arte digital).
30/05: “As redes sociais”, com Alexandre Estanislau, designer e diretor de criação da Bolt Brasil.
09/05: “Direito, imagem, reputação e internet”, com o advogado Alexandre Atheniense, especialista em direito de internet.
16/05: “A internet e seu usuário”, com Joana Andrade, mestre em Hypermedia e sócia-diretora da Fhios Brasil (responsável pelas áreas de Pesquisa e Design Centrados no Usuário), e Camila Mantovani, mestre em Ciência da Informação.
23/05: “Imaginação Digital”, com Álvaro Andrade Garcia, sócio-diretor da Ciclope (ateliê de arte digital).
30/05: “As redes sociais”, com Alexandre Estanislau, designer e diretor de criação da Bolt Brasil.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Mais uma decisão judicial sobre anonimato na web
Transcrevo parte do material enviado pela assessoria de imprensa do TJMG:
A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais confirmou a condenação da Google Brasil Internet Ltda. ao pagamento de R$ 20 mil, por danos morais, a um diretor acadêmico da Faculdade de Minas (Faminas), de Muriaé, Zona da Mata, pela publicação de material ofensivo na internet.
No processo, o diretor da faculdade alega que, em fevereiro de 2008, após demitir um coordenador do curso de Serviço Social, foi vítima de hostilidades de um movimento estudantil que, dias depois, passou a disponibilizar em um blog textos de conteúdo ofensivo. Ele ajuizou ação de indenização por danos morais contra a Google, que é proprietária do site "blogspot", pedindo, em caráter liminar, a retirada de todas as páginas do blog.
Em julho de 2008, a 3ª Vara Cível de Muriaé, deferiu em parte o pedido liminar, determinando à Google que retirasse oito páginas do citado blog, em que havia ofensas diretas ao acadêmico, sob pena de multa de R$ 500. A sentença veio em agosto do mesmo ano, quando a Google foi condenada a indenizar o acadêmico em R$ 20 mil, por danos morais. A empresa recorreu ao Tribunal de Justiça, alegando que não poderia ser responsabilizada pelo conteúdo criado por seus usuários.
Abaixo, trechos da decisão judicial que confirma a condenação:
"... à medida que a provedora de conteúdo disponibiliza na internet um serviço sem dispositivos de segurança e controle mínimos e, ainda, permite a publicação de material de conteúdo livre, sem sequer identificar o usuário, deve responsabilizar-se pelo risco oriundo do seu empreendimento".
"... o anonimato garantido pela Google lhe é muito conveniente, posto que ao saberem que qualquer pessoa pode fazer qualquer comentário na internet, seja através de 'blogs', seja através de 'orkut', mais e mais internautas acessaram as páginas e sites da ré, fazendo com que seus lucros aumentassem".
"Assim, se opta por não fornecer o nome e IP de quem criou a página, a Google deve arcar com a responsabilidade daí decorrente, não podendo se isentar de culpa. A proibição ao anonimato é ampla, abrangendo todos os meios de comunicação, mesmo as mensagens na internet. Não pode haver, portanto, mensagens apócrifas, injuriosas, difamatórias ou caluniosas. A Constituição veda tal anonimato para evitar a manifestação de opiniões fúteis, infundadas, somente com o intuito de desrespeito à vida privada, à intimidade, à honra de outrem, o que ocorreu no caso em questão.”
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Mais uma boa referência
Está disponível para download o livro "Blogs.com: estudos sobre blogs e comunicação", organizado por Adriana Amaral, Raquel Recuero e Sandra Montardo. No prefácio, um relato pessoal do professor e pesquisador André Lemos (UFBA) mostra bem a presença da blogosfera na experiência cotidiana:
"Quando comecei o Carnet de Notes, quase não havia blogs acadêmicos no Brasil, e muito menos na área de Comunicação. Muitos colegas me desestimularam, dizendo que eu não iria atualizá-lo, que era uma moda passageira, que ninguém o leria e que logo eu perderia o interesse. Erraram feio. Para mim, o blog se tornou algo quotidiano, a meio caminho entre um caderno de notas pessoal e um arquivo profissional.Comecei os primeiros posts em março de 2001 e os mantenho quase que diariamente. Penso no blog durante o meu dia-a-dia e ele se tornou um espaço para lançar idéias e fornecer informações, servindo como um observatório sobre minha pesquisa atual e como catálogo de meus projetos, livros, artigos e ensaios."
Clique aqui para baixar o livro completo (10,9 MB)
domingo, 20 de julho de 2008
Muita convergência, nenhuma integração
O professor espanhol Ramón Salavería falou sobre convergência de mídias em palestra para jornalistas do grupo Associados Minas (Estado de Minas, Aqui, TV Alterosa, Portal Uai e Rádio Guarani FM). Segundo ele, as empresas se preocupam muito com o espaço físico – as instalações que agrupam em um mesmo local os profissionais de impresso, TV, rádio e internet – e se esquecem dos métodos de trabalho e das linguagens. A imagem que ilustra este post é da nova redação do New York Times, um bom exemplo da tendência seguida pelas grandes corporações. “Existem processos de convergência em quase todos os grupos jornalísticos do mundo, mas não existe resultado de integração”, argumenta o professor.
Salaverría sustenta que é impossível fazer convergência de conteúdos e profissionais sem o alicerce empresarial. Mas quais seriam as mudanças necessárias para que as empresas de fato enfrentem a realidade? Em primeiro lugar, deve-se abandonar os meios e reforçar as marcas. O maior bem não é o jornal Estado de Minas ou o jornal Folha de S. Paulo, mas as marcas Estado de Minas e Folha de S. Paulo. As empresas devem se desprender dos suportes e focar os conteúdos: é o que garante audiência.
Por fim, mas não menos importante, Salaverría defende que as empresas devem mudar a concepção global do processo. O negócio não está mais na venda, mas na forma de reter a atenção. Em vez de tentar empreender esforços para aumentar as vendas de jornais em banca, as empresas devem traçar estratégias para reter a audiência do público nos diversos produtos que oferece. Num tempo em que o próprio tempo é o recurso escasso, a atenção passa a ser primordial e pode gerar lucros para quem explora comercialmente o jornalismo.
Confira mais no blog e-periodistas, de Ramón Salaverría, e no blog Infotendencias.com, que divulga resultados de uma pesquisa em andamento sobre as experiências de convergência.
Salaverría sustenta que é impossível fazer convergência de conteúdos e profissionais sem o alicerce empresarial. Mas quais seriam as mudanças necessárias para que as empresas de fato enfrentem a realidade? Em primeiro lugar, deve-se abandonar os meios e reforçar as marcas. O maior bem não é o jornal Estado de Minas ou o jornal Folha de S. Paulo, mas as marcas Estado de Minas e Folha de S. Paulo. As empresas devem se desprender dos suportes e focar os conteúdos: é o que garante audiência.
Por fim, mas não menos importante, Salaverría defende que as empresas devem mudar a concepção global do processo. O negócio não está mais na venda, mas na forma de reter a atenção. Em vez de tentar empreender esforços para aumentar as vendas de jornais em banca, as empresas devem traçar estratégias para reter a audiência do público nos diversos produtos que oferece. Num tempo em que o próprio tempo é o recurso escasso, a atenção passa a ser primordial e pode gerar lucros para quem explora comercialmente o jornalismo.
Confira mais no blog e-periodistas, de Ramón Salaverría, e no blog Infotendencias.com, que divulga resultados de uma pesquisa em andamento sobre as experiências de convergência.
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segunda-feira, 14 de julho de 2008
Jornalismo cidadão em debate
Jay Rosen, professor do Departamento de Jornalismo da Universidade de Nova York, publicou no Twitter uma definição de jornalismo cidadão:
“When the people formerly known as the audience employ the press tools they have in their possession to inform one another, that’s citizen journalism”.
Depois, deu prosseguimento ao debate no blog Press Think.
A partir do blog de Jay Rosen, tomei conhecimento do post de Dan Gillmor, no blog Center For Citizen Media sobre a origem do termo “jornalismo cidadão”. Autor do “clássico” We the media, Gillmor não dá uma resposta precisa (será que existe uma resposta exata para a origem do termo?), mas aproveita para fazer uma defesa do jornalismo cidadão:
“The most important thing to remember is the democratization that makes it possible for anyone to be part of the journalistic ecosystem. Increasingly, I believe it’s a civic duty, if such an idea still has meaning”.
Para não ficar no oba-oba, recomendo a leitura de uma análise crítica feita por Sylvia Moretzsohn, que aponta um discurso freqüente entre aqueles que defendem a existência de um jornalismo feito por não-profissionais. Discurso este que se baseia em uma relação maniqueísta:
“... o elogio do ‘jornalismo participativo’ concentra-se no confronto entre os jornalistas (confinados a procedimentos rígidos e orgulhosos de seu “privilégio” como detentores da informação) e o público (isto é, a audiência), desinteressado, ansioso pela verdade e agora possuidor dos meios para obtê-la e revelá-la.”
“When the people formerly known as the audience employ the press tools they have in their possession to inform one another, that’s citizen journalism”.
Depois, deu prosseguimento ao debate no blog Press Think.
A partir do blog de Jay Rosen, tomei conhecimento do post de Dan Gillmor, no blog Center For Citizen Media sobre a origem do termo “jornalismo cidadão”. Autor do “clássico” We the media, Gillmor não dá uma resposta precisa (será que existe uma resposta exata para a origem do termo?), mas aproveita para fazer uma defesa do jornalismo cidadão:
“The most important thing to remember is the democratization that makes it possible for anyone to be part of the journalistic ecosystem. Increasingly, I believe it’s a civic duty, if such an idea still has meaning”.
Para não ficar no oba-oba, recomendo a leitura de uma análise crítica feita por Sylvia Moretzsohn, que aponta um discurso freqüente entre aqueles que defendem a existência de um jornalismo feito por não-profissionais. Discurso este que se baseia em uma relação maniqueísta:
“... o elogio do ‘jornalismo participativo’ concentra-se no confronto entre os jornalistas (confinados a procedimentos rígidos e orgulhosos de seu “privilégio” como detentores da informação) e o público (isto é, a audiência), desinteressado, ansioso pela verdade e agora possuidor dos meios para obtê-la e revelá-la.”
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quinta-feira, 10 de julho de 2008
Jornalismo, Alcatraz e tecnologia
A imagem aí ao lado é da famosa Ilha de Alcatraz, na Baía de São Francisco. Por quase trinta anos, funcionou ali uma prisão federal para alijar do convívio social os principais criminosos dos Estados Unidos. Com o passar do tempo, ficou caro manter os presos na ilha. Hoje, Alcatraz é um patrimônio histórico.
Mas o que isso tem a ver com o jornalismo? Tudo! Recente artigo publicado por Andre de Abreu no Intermezzo debate o oceano que separa as faculdades de comunicação da realidade atual. Os cursos ainda ensinam a adaptar os conteúdos aos meios, ao invés de submeter os meios aos conteúdos.
Não se trata apenas de um jogo de palavras, mas de uma inversão necessária à nova ordem. Dominar a linguagem radiofônica continua sendo tão importante quanto dominar a linguagem televisiva ou impressa. Porém, as novas tecnologias exigem um domínio conjugado. Smartphones editam texto, fotografam, filmam, enviam conteúdo... Tudo com qualidade suficiente para ser publicado em qualquer site noticioso.
Os acontecimentos são amorfos. Por que guardá-los em caixas separadas quando se pode recortar e ajuntar as mesmas caixas para melhor acomodá-los? O artigo diz que a falta de um senso integrado leva à subutilização das narrativas.
Alcatraz ainda vive no jornalismo!
Mas o que isso tem a ver com o jornalismo? Tudo! Recente artigo publicado por Andre de Abreu no Intermezzo debate o oceano que separa as faculdades de comunicação da realidade atual. Os cursos ainda ensinam a adaptar os conteúdos aos meios, ao invés de submeter os meios aos conteúdos.
Não se trata apenas de um jogo de palavras, mas de uma inversão necessária à nova ordem. Dominar a linguagem radiofônica continua sendo tão importante quanto dominar a linguagem televisiva ou impressa. Porém, as novas tecnologias exigem um domínio conjugado. Smartphones editam texto, fotografam, filmam, enviam conteúdo... Tudo com qualidade suficiente para ser publicado em qualquer site noticioso.
Os acontecimentos são amorfos. Por que guardá-los em caixas separadas quando se pode recortar e ajuntar as mesmas caixas para melhor acomodá-los? O artigo diz que a falta de um senso integrado leva à subutilização das narrativas.
Alcatraz ainda vive no jornalismo!
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sábado, 5 de julho de 2008
Encontro mostra produção acadêmica mineira
Foram muito bons os debates do GT de "Comunicação e Tecnologias" do I Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação de Minas Gerais (Ecomig), realizado nos dias 4 e 5 de julho na PUC Minas.
O primeiro dia do evento foi dominado pelos debates sobre a Web 2.0, os desafios impostos ao jornalismo na internet, a interferência dos cidadãos na esfera midiática e o compartilhamento de sentidos em rede.
No segundo dia foram apresentados artigos sobre a fruição estética de notícias, a produção artística na web e as múltiplas facetas comunicacionais dos games.
Também foram apresentados trabalhos nos GTs "Comunicação e Política", "Comunicação e Linguagens", "Comunicação e Sociedade". Participaram do I Ecomig professores e estudantes de mestrado e doutorado da UFMG, PUC Minas e UFJF.
O primeiro dia do evento foi dominado pelos debates sobre a Web 2.0, os desafios impostos ao jornalismo na internet, a interferência dos cidadãos na esfera midiática e o compartilhamento de sentidos em rede.
No segundo dia foram apresentados artigos sobre a fruição estética de notícias, a produção artística na web e as múltiplas facetas comunicacionais dos games.
Também foram apresentados trabalhos nos GTs "Comunicação e Política", "Comunicação e Linguagens", "Comunicação e Sociedade". Participaram do I Ecomig professores e estudantes de mestrado e doutorado da UFMG, PUC Minas e UFJF.
domingo, 29 de junho de 2008
Regulamentar sem compreender?
As propostas de regulamentação da internet esbarram, na maior parte das vezes, na ignorância. Quem formula as propostas tende a desqualificar a rede sem compreender a sua essência. No Código Aberto, Carlos Castilho aborda a questão a partir de três eixos: anonimato, anarquia e controle governamental. A crítica é contundente:
"Isto significa uma renovação total da polícia e das investigações criminais, o que implica uma reciclagem radical ou o afastamento da maior parte dos agentes, procuradores e magistrados atuais. Aí o corporativismo aparece e a solução mais fácil é disseminar a insegurança e desorientação como recurso idiota de tentar matar o mensageiro para desconhecer a mensagem. A solução não está no medo, mas na reflexão, na troca de idéias e no estudo."
"Isto significa uma renovação total da polícia e das investigações criminais, o que implica uma reciclagem radical ou o afastamento da maior parte dos agentes, procuradores e magistrados atuais. Aí o corporativismo aparece e a solução mais fácil é disseminar a insegurança e desorientação como recurso idiota de tentar matar o mensageiro para desconhecer a mensagem. A solução não está no medo, mas na reflexão, na troca de idéias e no estudo."
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