quinta-feira, 10 de julho de 2008

Jornalismo, Alcatraz e tecnologia

A imagem aí ao lado é da famosa Ilha de Alcatraz, na Baía de São Francisco. Por quase trinta anos, funcionou ali uma prisão federal para alijar do convívio social os principais criminosos dos Estados Unidos. Com o passar do tempo, ficou caro manter os presos na ilha. Hoje, Alcatraz é um patrimônio histórico.

Mas o que isso tem a ver com o jornalismo? Tudo! Recente artigo publicado por Andre de Abreu no Intermezzo debate o oceano que separa as faculdades de comunicação da realidade atual. Os cursos ainda ensinam a adaptar os conteúdos aos meios, ao invés de submeter os meios aos conteúdos.

Não se trata apenas de um jogo de palavras, mas de uma inversão necessária à nova ordem. Dominar a linguagem radiofônica continua sendo tão importante quanto dominar a linguagem televisiva ou impressa. Porém, as novas tecnologias exigem um domínio conjugado. Smartphones editam texto, fotografam, filmam, enviam conteúdo... Tudo com qualidade suficiente para ser publicado em qualquer site noticioso.

Os acontecimentos são amorfos. Por que guardá-los em caixas separadas quando se pode recortar e ajuntar as mesmas caixas para melhor acomodá-los? O artigo diz que a falta de um senso integrado leva à subutilização das narrativas.

Alcatraz ainda vive no jornalismo!

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