quinta-feira, 17 de maio de 2007

Tio Sam quer ser chinês

Carlos Castilho diz no Código Aberto que os tropas americanas no Iraque e Afeganistão “não terão mais acesso à uma lista de 10 sites cujo conteúdo é basicamente criado por usuários”. É claro que ali estão o YouTube e o MySpace. A justificativa oficial seria o elevado tráfego de dados gerados por tais sites, levando à instabilidade da DoD Network, rede que interliga os computadores do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (a mesma rede que fornece acesso às tropas americanas no exterior).

Mas é claro que a medida cheira a censura velada para não expor os combatentes a conteúdos “impróprios para o front”, como, por exemplo, o sofrimento dos cidadãos de países ocupados. Como a maior parte dos sites propiciam o compartilhamento de conteúdo, os soldados e oficiais também não poderão postar mais nada nestes sites que incomode Mr. Bush e os republicanos. A China e outros países com governos autoritários já tomaram medidas semelhantes para controlar o fluxo de informação. Será que o “microbloqueio” vai impedir a comunicação daqueles que estão nas frentes de batalha? Vexame!

Só uma correção - Na verdade, o memorando oficial - assinado pelo general B.B. Bell no dia 11 de maio - lista 13 sites. A proibição começou no dia 14 de maio. Detalhes também no The Lede, blog do NYT.

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