Elogiei, no post abaixo, uma reportagem exibida pelo Fantástico. Acho o produto sensacional. Mas, e o conteúdo? Bem, o Caso Isabella abriu uma série de debates sobre a atuação da imprensa. Mario Vitor Santos, ombudsman do iG, critica a matéria “Casal foi indiciado por contradições”, estampada na manchete do portal. A crítica se concentra no pré-julgamento dos suspeitos e na ausência da voz dos defensores. Ele faz a seguinte análise do caso:
“Agindo assim, o iG soma-se à multidão de acusadores do casal, quando, a meu ver, deveria conter-se, contemplando argumentos e conclusões de acusadores e também de acusados. É verdade que isso não gera muita simpatia, mas jornalismo e popularidade às vezes não caminham juntos. O público raramente tem interesse profundo pelo noticiário, que só empolga as grandes massas quando se torna disputa carregada de melodrama. O jornalismo poucas vezes tem tanto apelo às multidões, em geral apáticas. A tentação de aproveitar é grande, aderindo e liderando o sentimento de indignação. Isso é ainda mais verdadeiro para quem atua na reportagem, atividade relativamente mais “quente” que a dos editores, a quem cabe mais pesar, duvidar e distanciar. Sendo frio e buscando a imparcialidade, o jornalismo está longe de ser perfeito, mas sem eles, se aproxima do pior dos males.”
Leia a íntegra do post de Mario Vitor Santos
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